O Brasil registrou 2.527 novas mortes pela covid-19 nesta quinta-feira, 20. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.971 e voltou a se aproximar da barreira de 2 mil.
⠀
A média móvel de óbitos vinha numa sequência grande de quedas durante este mês de maio, mas nesta semana começou um movimento de alta e saiu de 1.910 no sábado para 1.971 nesta quinta. Já a média móvel de casos vem tendo um crescimento mais acelerado e chegou a 65.962, seu maior patamar desde 15 de abril, quando marcou 67.396.
⠀
Só para se ter uma ideia, no dia 1º de maio a média móvel de casos foi de 59.725. Desde então houve um crescimento acima de 10% até chegar ao pico nesta quinta-feira, pela primeira vez no mês superior a 65 mil na média.
⠀
Ainda não dá para saber se isso é reflexo da flexibilização das medidas restritivas em muitos lugares ou por causa de recentes aglomerações pelo feriado do Dia do Trabalho ou pelo Dia das Mães. Um dado que deixa o alerta ligado é que a taxa de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 cresceu 7,5% desde o final de abril na rede hospitalar privada do Estado de São Paulo.
Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios (SindHosp), realizada entre 11 e 17 de maio, mostrou que 85% dos hospitais já têm ocupação superior a 80%. Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação.
Governadores e prefeitos têm recorrido a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus. Já o presidente Jair Bolsonaro continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia.
⠀
(Diário de Goiás)
Comentários