Márcio de Paula tem 30 anos e trabalha como taxista de lotação entre Porto Velho e Vista Alegre do Abunã, localidades rondonienses. A passagem no trecho custa R$ 150, mas o preço vai cair no mesmo dia em que a ponte sobre o Rio Madeira for inaugurada, garante.
Márcio disse que o sindicato da categoria definiu a redução no mês passado. “O pessoal concordou em baixar para 90 reais. Nossa despesa vai cair quando a ponte for inaugurada e não é justo a gente manter o mesmo preço”, observa. Um taxista desembolsa R$ 40 (ida e volta) pelo serviço de travessia realizado pelas balsas.
A presença das balsas na região movimenta uma economia que gira em torno da travessia de veículos e passageiros. Em cada lado do rio funciona uma lanchonete e, durante o trajeto, vendedores ambulantes ofertam uma diversidade de produtos para os passageiros, na maioria alimentos.
Nos últimos oito anos, o paraense João Paulo Sacramento foi um deles. Ganhou o sustento da família com a venda de facas e panelas. Com a desativação das embarcações, planeja voltar para sua terra natal. Mas engana-se quem pensa que ele ficou triste por perder a fonte de renda. Apesar de a ponte extinguir a atividade comercial que explorava, ele aprova a entrega da obra. “Vai beneficiar muita gente, né? Não podemos ser egoístas e pensar só na gente. Precisava muito dessa ponte aí. Presenciei muitos casos de exploração e falta de respeito aqui neste trecho”, revela.
Em dias normais de operação, a travessia demora entre 40 e 50 minutos, contando embarque, traslado e desembarque. Mas geralmente o tempo para cruzar o Madeira é bem maior.
O caminhoneiro Antônio Messias viveu uma experiência da qual não se esquece. Mineiro, ele fez uma viagem para o Acre em 2018, esperou 72 duas horas para cruzar o rio e passou a evitar viagens para Rio Branco. “Passei 72 horas na fila e ninguém dava uma informação. No terceiro dia começaram a embarcar os caminhões e consegui atravessar. Nesses anos até pintou frete para cá, mas quando lembrei dessa travessia, recusei”, contou.
A ligação definitiva entre os dois estados vai fortalecer vários setores, principalmente o agronegócio, que tem a hidrovia do Madeira como maior aliado para escoamento da produção. Outro setor que vai contabilizar redução de custos no transporte é o de combustíveis. Com o fim dos gastos na travessia do produto, fica a expectativa para que o percentual seja repassado para o consumidor, com a redução do preço na bomba.
Por Juruá em Tempo
EM 2021, POLÍCIA MILITAR DO ACRE CAPACITA A TROPA , REESTRUTURA INSTALAÇÃO E APRESENTA DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES CRIMINAIS
Em 2021, Polícia Militar do Acre capacita a tropa, reestrutura instalações e apresenta diminuição dos índices criminais Texto: Wellington Mota, Assessoria de Comunicação da PMAC A Polícia Militar do Acre (PMAC) chega ao final do ano de 2021, com um resultado satisfatório frente ao planejamento estratégico que foi estabelecido pela corporação no inicio do ano. Com uma gestão centrada na valorização dos seus profissionais, visando assim uma melhor prestação do serviço ao cidadão, a instituição buscou frisar na capacitação técnica e reestruturação dos batalhões, além de aquisição de equipamentos. Com uma política alinhada ao Governo do Estado do Acre e as demais forças que compõem o Sistema Integrado de Segurança Pública, a Polícia Militar do Acre, por meio de um trabalho prévio de estudos e planejamentos, buscou empregar seu efetivo em locais estratégicos. E assim, realizou, somente em 2021, 7.711 operações em todo o Estado do Acre, resultando na abordagem de 223.226 pes...
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