Apesar de estudos afirmarem que as chances de evolução para casos graves de Covid-19 em crianças serem menores, o Brasil está em 2º lugar no ranking de óbitos de crianças por covid-19, com 948 mortes de crianças de 0 a 9 anos até a metade do mês de maio, de acordo com dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe), o que significa 32 mortes a cada um milhão de crianças. Em primeiro lugar está o Peru, onde a relação é de 41 por milhão.
Entretanto, em entrevista ao Diário de Goiás, o pediatra, infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, Dr. Marco Antonio Iazzetti, afirmou que as complicações geralmente ocorrem em crianças que já possuem doenças crônicas graves. "Pode acontecer, mas com uma chance bem menor. As crianças que têm alguma doença crônica grave, cardiopatas, problemas no fígado, renais, pulmonares, cardíacos e neurológicos, são crianças que podem ter alguma complicação”, explicou.
Com relação às crianças saudáveis, o especialista orienta para os cuidados normais, com observação para possíveis sintomas isolados. “As crianças que não têm doenças, nem nada, os pais têm que tomar os cuidados normais. A criança pode brincar no parquinho? Pode! Não tem problema. Os pais têm que ter consciência de que se o filho começou a tossir e espirrar, não levar no parquinho, neste momento”, declarou.
No entanto, o pediatra lembra que doenças respiratórias relacionadas ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) são comuns durante o período de inverno. “É a época de sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório, que são doenças extremamente comuns na faixa etária. O Vírus Sincicial Respiratório, principalmente nas crianças abaixo de um ano de idade, pode confundir”, ponderou.
Diario de Goiás
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