O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Felipe Salomão, deu até segunda-feira (2) para Bolsonaro apresentar “provas” de fraudes eleitorais.
Na live de quinta (29), o presidente disse ter “indícios e indícios”, com base em análise de inteligência, sobre fraudes na eleição, mas ainda não apresentou qualquer prova disso. Ele, contudo, apenas reciclou teorias que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente. O processo foi divulgado pelo O Antagonista.
Depois disso, ele admitiu que não poderia comprovar se as eleições foram ou não fraudadas. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas. São indícios. Crime se desvenda com vários indícios. (…) Suspeitas, fortíssimas. As provas você consegue com a somatória de indícios. Apresentamos um montão de indícios aqui”, disse em um discurso que foi considerado “patético” por ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso o presidente não apresente as provas, Salomão pode enviar, pelo TSE, denúncia à Procuradoria-Geral de República para análise de crime ou, ainda, compartilhar com Alexandre de Moraes a informação no âmbito do inquérito das fake news.
Logo após a live, o ministro do STF Gilmar Mendes classificou a fala de Bolsonaro como “conversa fiada”. “Essa ideia de que, sem voto impresso, não podemos ter eleições ou não vamos ter eleições confiáveis, na verdade, esconde talvez algum tipo de intenção subjacente, que não é boa. (…) Vamos parar um pouco de conversa fiada. Claro que todos nós somos favoráveis à audibilidade da urna, e ela é auditável.”
Comentários