Deputados da base do presidente Jair Bolsonaro viraram alvo de uma série de ataques da oposição e de veículos de mídia por conta da votação do aumento do “Fundão”, como é chamado o Fundo Eleitoral, depois de o Congresso Nacional aprovar o acréscimo de 185% no valor, que pode saltar de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, como parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022.
Os opositores acusaram apoiadores próximos ao presidente Jair Bolsonaro, como as deputadas Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Caroline de Toni (PSL-SC), e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de votarem a favor do acréscimo do valor. Os parlamentares, porém, esclareceram que se posicionaram contra a medida durante a tramitação da LDO.
De acordo com os deputados, o imbróglio em relação ao aumento ocorreu durante a votação dos destaques, que, segundo os parlamentares, acabou sendo feita por meio de votação simbólica (quando não há manifestação individual dos parlamentares). A escolha, chamada pelos membros do PSL de “manobra”, facilitou a aprovação do aumento da verba.
PARLAMENTARES ESCLARECEM QUESTÃO NAS REDES
Em um vídeo, a deputada Carla Zambelli rebateu as críticas afirmando que votou sim em relação “ao texto principal da LDO”. Segundo ela, como base do governo, era preciso aprovar o orçamento, pois seria de uma grande irresponsabilidade deixar o país sem a LDO. Zambelli ressaltou, porém, que foi contrária ao aumento do Fundão.
– É um texto gigante. Mas, como a gente não concordava com essa parte do fundão, a gente orientou a favor do destaque do Novo [partido], que pegava do texto completo a parte que falava sobre fundo eleitoral e destacava – explicou.
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