Dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelam que o risco de infarto é 30% maior durante o inverno, de 21 de junho a 22 de setembro. É estimado que a cada queda de 10 °C, o índice aumente em 7%. Cidades goianas viram a temperatura cair consideravelmente, nesta quinta-feira (29).
Ao Mais Goiás, o médico cardiologista Frederico Nacruth explicou que isso acontece porque em climas mais frios os vasos sanguíneos se contraem, diminuindo o fornecimento de sangue para os diversos órgãos do corpo e sobrecarregando o coração. “Além disso, pessoas que já possuem doenças cardiovasculares, principalmente a coronariana, em que há obstrução das artérias, estão mais suscetíveis ao risco de infarto no inverno“, disse.
A má alimentação característica desse período e a falta de exercícios físicos são fatores que podem estar ligados a esse aumento, também. Segundo o médico, a dificuldade do organismo de manter a temperatura ideal do corpo em temperaturas baixas é o que acaba gerando a vontade de consumir comidas calóricas e gordurosas. “Por isso, é necessário ficar atento à alimentação, para que esse não seja um fator agravante no risco de infarto”, adverte.
Dicas para evitar problemas com o coração
Segundo o médico são necessárias modificações de vida, ter critérios de saúde laboral, mental e física. “É importante o equilíbrio dessas três. Fugir de alimentos ultraprocessados e fazer regularmente atividades físicas. O mínimo para evitar doenças cardiovasculares são 150 minutos de atividade física moderada, seja qual for, por semana. Isso é o mínimo para não ser considerado uma pessoa sedentária”, afirma.
Frederico afirma que 90% dos infartos podem ser prevenidos. Além disso, em 50% dos casos, o paciente não apresenta nenhum sintoma anterior, somente no momento do infarto, onde há dor causada pela obstrução da artéria e a primeira dica é uma alerta: “O check up é de extrema importância, principalmente em casos onde existe a predisposição”.
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