Apesar do começo avassalador de Renato Gaúcho no Flamengo, sabia-se que uma hora a derrota viria. O que a torcida só não imaginava é que ela viria em forma de um atropelo. Em pleno Maracanã, o time rubro-negro foi presa fácil para o Internacional, que venceu por 4 a 0.
Como se não bastasse o placar, o tropeço ainda veio no pior momento: a três dias do jogo contra o Olimpia, em Assunção, pelas quartas da Libertadores. Agora, os rubro-negros vão ter que se mostrar capazes de assimilar de forma rápida o tropeço.
Pelo Brasileiro, o Flamengo perdeu a chance de se aproximar do G4. Segue em quinto, com 24 pontos, a quatro do Bragantino. No domingo, tenta se recuperar na competição contra o Sport, em Volta Redonda.
O Flamengo mais uma vez se impôs já nos primeiros minutos. Com um jogo baseado em toques rápidos passando de pé em pé, o time se aproximou com facilidade à meta do rival. Principalmente pela direita, com Isla e Éverton Ribeiro. Os problemas surgiam quando a bola chegava na árrea do Internacional. Ou os jogadores tomavam a decisão errada ou não recebiam na melhor das condições para finalizar.
O resultado se refelte nos números. No primeiro tempo, apesar das seis finalizações, o time só criou uma chance real de gol: uma cabeçada de Bruno Henrique na direção do goleiro Daniel.
Mesmo em crise, os colorados não mudaram seu jeito de atuar. Passivos, deixaram os donos da casa controlar a bola e esperaram pela chance do contra-ataque. A confiança na estratégia foi premiada.
O Inter encontrou um Flamengo muito empenhado em atacar mas, totalmente despreparado para seus contragolpes. Logo, aos 18, embora houvesse cinco marcadores rubro-negros em torno dele, Edenilson encontrou um espaço enorme para avançar e tocar para Yuri Alberto abrir o placar.
O lance não serviu de alerta. Pelo contrário. O time sofreu um apagão, do qual só saiu após levar o segundo gol, também de Yuri Alberto, aos 40.
A impressão é de que, no intervalo, Renato Gaúcho apenas tentou corrigir os problemas de finalização. Porque o Flamengo voltou mais incisivo, mas ainda mais exposto atrás. Aos 8, em mais um contra-ataque, Taison arrancou desde o campo de defesa para fazer o terceiro. Filipe Luís era o único jogador na contenção, o que mostra que nada do que ocorreu no primeiro tempo serviu de lição.
A atuação do Flamengo não foi o único destaque negativo da partida. Com critérios confusos, a arbitragem perdeu o controle da partida. E, aos 15, expulsou Gabigol num excesso de rigor não visto em toda o jogo até então.
O episódio desorganizou ainda mais o Flamengo, que se entregou totalmente. O quarto gol, de Yuri Alberto mais uma vez, é reflexo disso. O atacante recebeu livre pela direita. Só um jogador da linha de marcação o acompanhou. Em vão.
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