Bolsonaro pede a ministro medidas para baixar combustível
Em encontro fora da agenda, Bolsonaro (sem partido) pediu ao ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque por medidas para redução do preço dos combustíveis para o consumidor. O próprio presidente revelou a conversa.
“Hoje, estive com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que podemos fazer para melhorar, diminuir o preço na ponta da linha. Onde está a responsabilidade? Eu usei muito nos últimos dias uma outra passagem bíblica: ‘Por falta de conhecimento, meu povo pereceu’. Nós temos que ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja”, declarou em cerimônia no Palácio do Planalto.
Bolsonaro tem reiteradamente colocado a culpa nos Estados pelo aumento do preço dos combustíveis. Então, na segunda quinzena deste mês, 20 governadores, inclusive Ronaldo Caiado (DEM), assinaram nota sobre o preço dos combustíveis.
No texto, eles negam que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – um imposto estadual – é responsável pela o aumento, e afirmam que se trata de um problema nacional.
“Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período“, inicia a nota.
E ainda: “Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema.”
Inflação puxada pelo combustível
Vale lembrar, a maior inflação de Goiânia em 20 anos foi puxada pelo combustível e energia elétrica. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 1,05% na capital em agosto, é o maior desde o mesmo mês de 2000. Segundo o IBGE, os combustíveis subiram cerca de 3,84%, enquanto a energia 1,57% no período.
Só a gasolina ficou 3,6% mais cara, acumulando reajuste no ano de quase 33%. O etanol, que subiu 5,5% em agosto, tem alta anual de 40,6%. Vale lembrar, em julho o índice foi de 0,66%.
O IBGE informou que, ao analisar os itens com maiores pesos na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos em Goiânia, “destacam-se as variações mensais dos itens veículo próprio (1,81%), combustíveis de veículos (3,84%) e energia elétrica residencial (1,57%)”.
No ranking das capitais, a variação da inflação de Goiânia ficou em quarta lugar, atrás de Brasília (1,40%); Vitória (1,30%) e Curitiba (1,21%), à época. Atualmente, é possível achar a gasolina acima de R$ 6,40, na capital.
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