“As desigualdades regionais, historicamente conhecidas e insuficientemente combatidas, estão presentes nas restrições à capacidade de acesso das famílias aos alimentos, acentuadas pela maior prevalência da IA grave nos domicílios rurais onde também ocorrem, com maior frequência, a baixa renda, baixa escolaridade, maior insegurança hídrica e o menor acesso às políticas públicas”, diz o estudo Insegurança Alimentar e Covid-19 no Brasil, produzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
Segundo o estudo, do total de 211,7 milhões de brasileiros(as), 116,8 milhões conviviam com algum grau de Insegurança Alimentar e, destes, 43,4 milhões não tinham alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões de brasileiros(as) enfrentavam a fome.
A pesquisa leva em consideração uma amostra de 1.662 domicílios urbanos e 518 rurais e acontece a a cada quatro anos.
Nas regiões mais pobres do Norte e Nordeste, a fome (insegurança grave) chega a afetar 18% e 14% dos domicílios, respectivamente, ante média nacional de 9%.
No Centro-Oeste, conhecido como “celeiro do Brasil”, mais de um terço das famílias sofre com grau leve de insegurança alimentar.
Os governos tem tentado reduzir os impactos da Covid-19 na insegurança alimentar concedendo auxílios emergenciais financeiros e distribuindo cestas básicas. O estudo sugere que essas ações tem sido insuficientes.
Fonte: Ac24horas
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