Ao menos 50 pessoas morreram e mais de 140 ficaram feridas após uma explosão nesta sexta-feira (8) em uma mesquita na cidade de Kunduz, capital da província de mesmo nome localizada no norte do Afeganistão. A informação foi obtida pela agência de notícias AFP com médicos que trabalham no local.
O chefe regional do Talibã para assuntos de cultura e informação em Kunduz, Matiullah Rohani, afirmou, sem dar mais detalhes, que a explosão se tratou de um ataque suicida.
Em uma rede social, a missão das Nações Unidas confirmou que o balanço inicial indica que “mais de 100 pessoas morreram e ficaram feridas” e classificou o atentado como parte de um “padrão perturbador de violência” no país da Ásia Central. “A equipe da ONU está profundamente preocupada”, dizia a mensagem.
“Nesta tarde [manhã no horário de Brasília] houve uma explosão em uma mesquita de nossos compatriotas xiitas que causou várias mortes e ferimentos”, disse Zabihullah Muhajid, porta-voz do grupo fundamentalista Talibã, que retomou o poder no país em agosto.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram vários corpos perto do local. A explosão ocorreu durante a oração do meio-dia que, às sextas-feiras, reúne um grupo ainda maior de muçulmanos nas mesquitas, já que o dia é sagrado para os seguidores do islã.
Muçulmanos xiitas compõem de 10% a 15% da população afegã, que é majoritariamente sunita, segundo estimativas do Escritório de Liberdade Religiosa Internacional (EUA). Uma minoria de 0,3% é formada por cristãos, hindus e sikhs.
“Até agora, recebemos 35 corpos e mais de 50 feridos”, disse um médico de um hospital local à agência AFP. Pouco antes, um porta-voz dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no local disse que a clínica da organização havia recebido mais de 90 feridos e ao menos 15 mortos.
Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento. O Estado Islâmico (EI), porém, vem realizando atentados em território afegão desde o retorno talibã.
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