A China suspendeu a compra da carne brasileira em 4 de setembro, há 50 dias, por conta de dois casos da doença da vaca louca. As infecções foram verificadas em frigoríficos de Minas Gerais e Mato Grosso. Desde então, a arroba do boi caiu 9,5% na médica nacional. Para diminuir o impacto, produtores reduziram os abates.
Um dos motivos para o preço da carne continuar elevado no mercado interno é a diferença de cortes exportados. A China consome cortes dianteiros e miúdos. O que fica no Brasil é mais cortes traseiros, carnes de primeira. Além disso, com a redução de abates, houve menor oferta de carne no mercado interno.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) apontou que não há risco de proliferação da doença no Brasil. Mesmo assim o país asiático mantém o veto à importação. Especialistas apontam que a medida é uma jogada econômica da China para frear o preço da carne, que tinha tendência de alta no mercado externo.
A bancada ruralista na Câmara apontou que pode ser uma retaliação dos asiáticos à política do presidente Jair Bolsonaro. Constantemente o presidente faz críticas à China. Na última semana a ministra da Agricultura e Pecuária Tereza Cristina anunciou que pretende ir até o país resolver o problema com autoridades locais.
A China é responsável por 50% das exportações de carne bovina do Brasil.
Fonte: G1 de Goiás
Comentários