Sem IML na fronteira, familiares só irão receber corpo nesta segunda, cerca de 24 horas após tragédia
Uma tragédia aconteceu por volta das 13 horas deste domingo, dia 17, próximo a Praia do Urubu, localizada na cidade de Brasiléia, fazendo divisa com o lado boliviano. Equipes do Corpo de Bombeiros do 5º Batalhão do Alto Acre, firam acionados para o local afim de apurar um afogamento no local.
Segundo foi apurado, um jovem de apenas 18 anos, que morava na zona rural, em uma localidade do km 21 de BR 317 (Estrada do Pacífico), estava na cidade na companhia de colegas e ingerindo bebidas alcoólica próximo ao trevo da Avenida Marinho Montes.
Foi então que teriam resolvido ir tomar banho no rio Acre. No local citado, existe um grande barranco chamado de ‘salão’ na curva e desceram para irem à praia do outro lado. Em dado momento, Wendelon Santos da Silva, de 18 anos, teria escorregado e caiu dentro do rio.
Contam ainda que teriam tentado salvar o jovem, mas ele teria afundado rapidamente e não mais voltou. Desesperados, ligaram para o Corpo de Bombeiro e pediram ajuda para fazer buscas no local.
Após a chegada dos bombeiros que realizaram buscas com equipamentos especiais, foi possível localizar o corpo do jovem já sem vida preso no fundo do rio, sendo resgatado e entregue à equipe da Polícia Civil para ser encaminhado ao IML na Capital. A Polícia Militar esteve no local e colheu informações para fazer o Boletim de Ocorrência (B.O.).
Infelizmente, os familiares que moram no km 52 da BR 317, não conseguiram permissão para que o corpo não fosse levado para o IML na Capital. Sem uma extensão do órgão na região do Alto Acre, qualquer situação que registre óbito, tem que ser transferido.
Nesse e em casos passados, os familiares agonizam na espera da liberação do corpo do ente quase 24 horas depois e mal conseguem velar por estar entrando em estado de decomposição.
Para piorar, em casos como esse, o corpo fica dentro de um saco e somente na manhã desta segunda-feira, dia 17, será levado ao IML da Capital para passar pela necropsia e depois ser liberado, pois não existe médico plantonista.
Em tempo, a regional do Alto Acre já era para ter um IML a mais de 10 anos atrás no município de Epitaciolândia, mas, a incompetência e má gerencia de gestores passados, vem resultando em sofrimentos de famílias de quatro municípios do Acre.
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