Fim da Revolução Acreana:
Da página histórica do Acre
Após três anos com o término da Revolução Acreana e a assinatura do Tratado de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, em 1906, Plácido de Castro com 31 anos de idade foi nomeado governador do Território do Acre, depois viajou para o Rio de Janeiro para visitar a família na capital federal à época e lá ofereceram-lhe os galões da Guarda Nacional, mas Plácido rejeitou-se quando de seu retorno ao Acre, foi nomeado prefeito da região do Alto Acre, mas acabou por renunciar funções públicas por discordar do governo central.
Plácido de Castro demonstra seu descontentamento e chega a acusar o governo federal de enviar para o Acre como autoridades "celerados e bandidos" e chega a citar o coronel José Alexandrino e também o coronel José Galdino e Gabino Besouro.
Ao renunciar funções públicas, Plácido torna-se seringalista e no dia 8 de agosto de 1908 ao se dirigir a uma dessas de suas propriedades ao lado de seu irmão Genesco de Castro e empregados, Plácido é alvejado e ferido com tiros em uma emboscada que lhe prepararam mais de uma dezenas de jagunços, próximo à propriedade e sob a liderança de José Alexandrino.
No dia 11 de agosto no mesmo ano, foi quando o coronel Plácido ficou hospedado na casa do amigo seringalista João Rola, agonizando, já febril e sem forças após ser alvejado com vários tiros três dias antes quando se dirigia à sede do seringal onde morava. Em seu leito tosco Plácido chama pelo irmão Genesco e antes de morrer faz o seu último pedido.
- Logo que puderes, retira daqui os meus ossos e direi que aquele general africano: "Esta terra que tão mal pagou a liberdade que lhes dei, é indigna de possuí-los. Ah, meus amigos, estão manchados de lodo e de sangue as páginas da história do Acre...tanta ocasião gloriosa para morrer..."
Antes da hora derradeira ele faz outro pedido.
- Tira do meu peito o meu coração e o divide em dois, um pedaço à nossa mãe e o outro à minha amada noiva.
Da Página Histórica do Acre
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