O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) trata como “possível” a tentativa de reeleição em 2022. Nesta quarta-feira (28), ele afirmou que “deve” disputar o pleito do próximo ano, mas que não pode “garantir” isso. Mesmo já adotando a postura de um candidato e dizer por várias vezes que só sai do governo em 2026, ele ainda não confirmou se, de fato, estará na corrida ao Planalto no ano que vem.
A declaração foi dada durante entrevista à rádio Mundial, da Bahia. Bolsonaro disse que ainda busca um partido político para integrar e voltou a dizer que uma das opções é a filiação pelo PP.
“Eu tenho que ter um partido político. Não sei se vou disputar as eleições do ano que vem. Devo disputar, não posso garantir. Temos conversado com vários partidos, entre eles o Partido Progressista, ao qual integrei por aproximadamente 20 anos ao longo de 28 que eu fui deputado federal.”
Ciro Nogueira
Bolsonaro também comentou sobre a indicação de Ciro Nogueira para Casa Civil, descrito por ele como “ministério mais importante do governo”. “Trouxe para dentro da Presidência agora, (para) o ministério mais importante nosso, que é o da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, que é um homem adequado para conversar com o Parlamento”, afirmou.
O presidente acredita que com a nomeação de Ciro o diálogo com o Congresso irá melhorar “muito” e afirmou que “ninguém melhor” para essa tarefa do que Nogueira. “Tenho certeza que a interlocução melhorará e muito. É um ministério muito importante para nós, tendo vista que nós temos que conversar com o Parlamento brasileiro. E ninguém melhor que do que um senador experiente como Ciro Nogueira.”
O presidente deu “nota 9” ao general Luis Eduardo Ramos, que estava à frente da Casa Civil e foi descolado para a Secretaria-Geral. Bolsonaro disse que faltava ele saber conversar com os parlamentares.
“O general Ramos é uma pessoa nota 9. Ele não é 10 porque falta para ele um pouco de conhecimento para melhor conversar com o parlamentar. É a mesma coisa eu querer que o Ciro Nogueira converse com o Alto Comando da Forças Armadas”, pontuou.
O Globo
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