A vacinação é o principal recurso para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, segundo os especialistas. No entanto, eles alertam que a medida não deve ser a única estratégia para conter o avanço de casos e mortes pela doença. Na América do Sul, os países que mais vacinaram pessoas com duas doses são o Chile (47% da população) e o Uruguai (35% da população) que, ainda assim, enfrentam números elevados de casos da doença.
Segundo especialistas consultados pela CNN, a explicação pode estar na flexibilização precoce das medidas de restrição, no impacto de variantes mais transmissíveis, no abandono do uso de máscaras pela população, na efetividade das vacinas utilizadas e na escolha dos grupos prioritários para vacinação.
“Não podemos apostar em uma estratégia única. É um conjunto de medidas que deve ser tomado. Não dá para confiar que a vacinação a curto prazo vai baixar a incidência de casos sozinha”, ressalta o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Christovam Barcellos.
O caso do Chile
O Chile é o país com o maior percentual de pessoas vacinadas de forma completa na América do Sul. Segundo levantamento do Our World in Data, mais de 47% da população já recebeu as duas doses dos imunizantes e cerca de 61% tomou a primeira dose. Entre as vacinas autorizadas para uso emergencial no país estão Coronavac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen.
Em 2021, o país enfrentou duas grandes altas nos índices de contaminação nos meses de março e maio. Com 4.347 novos casos registrados no país nesta quarta-feira (16), o total chega a 1.491.561. Nas últimas 24 horas, foram reportadas 57 mortes, elevando o número de óbitos para 30.922. Apesar da queda gradual representada nos números mais recentes, as taxas ainda permanecem altas.
Até o momento, 3.275 pessoas estão internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no país, das quais 2.832 estão em suporte de ventilação mecânica. A ocupação de leitos está em 64%, com um total de 3.991 leitos disponíveis.
(Portal CNN Notícias)
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