(Hora da janta no seringal)
A aconchegante tapera com sustentação de grandes varas e as palhas coqueiro ouricuri ou caranaí amarradas com tiras de envira de Toari, assoalhos de paxiubas batidas e paredes de paxiubas partidas, encaixada nas matas brenhas em meio à floresta, uma sala, dois quartos e a cozinha ao fundo.
Já à noite, a chama da lamparina acesa no canto da parede toda suja de tirna preta clareava a casa e fogão de barro, o fogo faiscando e queimando lenhas, as labaredas parecia incendiar a cozinha, as panelas cozinhando carne de paca numa boca e a outra panela cozinhando arroz na outra..
Hora da janta, forrar um lençol no chão do assoalho e pôr as panelas, pratos e colheres e todos sentados em forma circulo, primeiro a servir os pratos para os filhos e marido é a matriarca da casa.
Depois da janta é hora de ir "pros fundos da rede" ou melhor dormir e o que mais incomodava era os morcegos sobrevoando pra lá e pra cá sobre o teto da casa e não podia vacilar quando for dormir sem o lençol e quando amanhecer o dia fulano foi chupado por morcego.
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