Sete anos depois das oitavas de final da Copa de 2014, Brasil e Chile voltam a se enfrentar numa partida eliminatória, agora pelas quartas de final da Copa América. A partida das 21h revive cenas marcantes, como o choro de Thiago Silva nos pênaltis.
Embora seja favorito, o Brasil encara o seu grande teste no torneio já que o Chile mudou de patamar no cenário sul-americano depois daquela disputa. Por isso, a seleção treinou cobranças de pênaltis – elas serão necessárias se houver empate no tempo normal. Tudo isso com um desafio adicional: o gramado do Engenhão.
A imagem de Thiago Silva afastado do grupo, sentado em cima de uma bola na beira do gramado, aos prantos, marcou o zagueiro em 2014. Suspenso no jogo seguinte, na semifinal contra a Alemanha, o defensor não teve culpa do massacre dos 7 a 1. Mesmo assim, ficou marcado. Ele só recuperou espaço na seleção meses depois. Hoje, ele deve começar no banco de reservas – Marquinhos e Militão serão os titulares.
“Fiquei marcado negativamente por esse episódio. Foi uma tristeza por um grande período. Foi um aprendizado para as seguintes objetivos. Embora tenha sido o episódio da emoção, foi vitoriosa para a seleção”, afirmou o zagueiro. "Hoje tenho experiência um pouco maior. A gente sabe por quem chorar. Se acontecer, vai ser naturalmente. Mais importante é que continuo na seleção”.
Aquela derrota foi marcante para os chilenos. Ainda no vestiário do Mineirão, atletas como Bravo, Vidal, Medel, Aránguiz e Sánchez – a base da equipe atual – fizeram um pacto. Prometeram ganhar a Copa América do ano seguinte em casa. Conseguiram. Foi o primeiro da história da seleção chilena, que venceria também o torneio em 2016.
O que aconteceu sete anos atrás ajuda a entender o confronto do Engenhão. Tite resgatou essas conquistas recentes para mostrar respeito ao rival. “O Chile é bicampeão da Copa América nas duas anteriores às que o Brasil foi campeão, em 2019”, disse o treinador.
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