Isso porque não conseguiu acompanhar um grupo de outros imigrantes brasileiros, que também tentavam chegar ao país norte-americano. Com isso, sem água e sem comida em pleno deserto, Lenilda morreu.
Após 35 dias, entre apelos por ajuda no transporte e a luta contra a burocracia, o traslado do corpo deve seguir de Ohio (EUA) até o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
“É muito complicado saber que, no dia do aniversário dela, ela vai sair assim da cidade em que ela tanto queria estar”, disse a filha de Lenilda, Genifer Oliveira, em entrevista ao portal G1.
A previsão é de que o corpo chegue a Rondônia na sexta-feira (22). Segundo os familiares, o velório deve acontecer na quadra de esportes municipal em Vale do Paraíso (RO). Porém, o sepultamento ocorrerá em Ouro Preto do Oeste (RO), no dia seguinte.
Em pronunciamento em 21 de setembro, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) pediu que o Senado acionasse o Ministério das Relações Exteriores.
“A família, lá de Rondônia, me encaminhou um pedido para que eu interviesse junto ao Ministério das Relações Exteriores, em nome do Senado, para a repatriação do corpo da mãe”, disse o parlamentar na época.
Em nota enviada ao Correio, o Ministério das Relações Exteriores informou que “acompanha com atenção o caso e está à disposição para prestar toda a assistência cabível, respeitando-se os tratados internacionais vigentes e a legislação local”.
A pasta acrescentou: “O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior para o Brasil é uma decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos”.
Comentários